quinta-feira, 16 de maio de 2013
Reino Animalia - Platelmintos
Os platelmintos são vermes que
surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos. Esses
animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome do grupo:
platelmintos (do grego platy: 'achatado'; e helmin: 'verme').
O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se alimenta de fezes), ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio. Dentro do intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos, perfuram a mucosa intestinal. Pela circulação sangüínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex invaginado numa vesícula.
O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se alimenta de fezes), ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio. Dentro do intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos, perfuram a mucosa intestinal. Pela circulação sangüínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex invaginado numa vesícula.
Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm vida livre, outros parasitam animais diversos, especialmente vertebrados.
Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestório incompleto,
ou seja, têm apenas uma abertura - a boca-, por onde ingerem alimentos
e eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo
digestório têm e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo,
através da pele, o alimento previamente digerido pelo organismo
hospedeiro.
Entre os muitos exemplos de platelmintos vamos estudar as planárias, as tênias e os esquistossomos.
As planárias
Medindo cerca de 1,5 cm de comprimento, esses
platelmintos podem ser encontrados em córregos, lagos e lugares úmidos.
Locomovem-se com ajuda de cílios e alimentam-se de moluscos, de outros
vermes e de cadáveres de animais maiores, entre outros exemplos.
Na região anterior do corpo da planária localizam-se a cabeça e os órgãos dos sentidos: ocelos,
estruturas capazes de detectar contrastes entre claro e escuro, mas que
não formam imagens; órgãos auriculares, expansões laterais da cabeça
capazes de perceber sensações gustatórias e olfatórias, auxiliando o
animal na localização do alimento.
O corpo é achatado dorsiventralmente e possui a boca
localizada na região ventral do corpo. O intestino da planária é
bastante ramificado e atua digerindo os alimentos e distribuindo para
as demais partes do corpo.
A planária adulta é hermafrodita,
isto é, apresenta tanto o sistema genital feminino quanto masculino.
Quando duas planárias estão sexualmente maduras e se encontram, elas
podem copular.
Após a troca de espermatozóides através dos poros
genitais, os animais se separam e os ovos são eliminados para o meio
externo. No interior de cada ovo, encerrado em cápsulas, desenvolve-se
um embrião, que se transforma em uma jovem planária.
As planárias tem grande poder de regeneração.
Cortando-se o animal em alguns pedaços, cada um deles pode dar origem a
uma planária inteira. Observe o esquema a baixo.
As Tenias e a Teníase
A teníase é uma doença causada pela forma adulta das tênias, Taenia solium, do porco e Taenia saginata, do boi). Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu intestino delgado.
As tênias também são chamadas de "solitárias", porque, na maioria dos caso, o portador traz apenas um verme adulto.
São altamente competitivas pelo habitat e, sendo hermafroditas com estruturas fisiológicas para autofecundação, não necessitam de parceiros para a cópula e postura de ovos.
O
homem portador da verminose apresenta a tênia no estado adulto de seu
intestino, sendo, portanto, o hospedeiro definitivo. Os últimos anéis
ou proglótides são hermafroditas e aptos à fecundação. Geralmente, os
espermatozóides de um anel fecundam os óvulos de outro segmento, no
mesmo animal.
A quantidade de ovos
produzidos é muito grande (30 a 80 mil em cada proglote), sendo uma
garantia para a perpetuação e propagação da espécie. Os anéis grávidos
se desprendem periodicamente e caem com as fezes.
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O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se alimenta de fezes), ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio. Dentro do intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos, perfuram a mucosa intestinal. Pela circulação sangüínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex invaginado numa vesícula.
Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou
mal cozida contendo estes cisticercos, as vesículas são digeridas,
liberando o escólex que se everte e fixa-se nas paredes intestinais
através dos ganchos e ventosas.
O homem com tais características desenvolve a
teníase, isto é, está com o helminte no estado adulto, e é o seu
hospedeiro definitivo.
Os cisticercos apresentam-se semelhantes a pérolas
esbranquiçadas, com diâmetros variáveis, normalmente do tamanho de uma
ervilha. Na linguagem popular, são chamados de "pipoquinhas" ou
"canjiquinhas".
CICLO DA TENÍASE
- Ao se alimentar de carnes cruas ou mal passadas, o homem pode ingerir cisticercos (lasvas de tênia).
- No intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e origina a tênia adulta.
- Proglotes maduras, contendo testículos e ovários, reproduzem-se entre si e originam proglotes grávidas, cheias de ovos. Proglotes grávidas despremdem-se unidas em grupos de 2 a 6 e são liberados durante ou após as evacuações.
- No solo, rompem-se e liberam ovos. Cada ovo é esférico, mede cerca de 30 mm de diâmetro, possui 6 pequenos ganchos e é conhecido como oncosfera. Espalha-se pelo meio e podem ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário.
- No intestino do animal, os ovos penetram no revestimento intestinal e cae no sangue. Atingem principalmente a musculatura sublingual, diafragma, sistema nervoso e coração.
- Cada ovo se transforma em uma larva, uma tênia em miniatura, chamada cisticerco, cujo tamanho lembra o de um pequeno grão de canjica. Essa larva contém escólex e um curto pescoço, tudo envolto por uma vesícula protetora.
- Por autoinfestação, ovos passam para a corrente sangüínea e desenvolvem-se em cisticercos (larvas) em tecidos humanos, causando uma doenças - a cisticercose que pode ser fatal.
Sintomatologia
Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem
surgir transtornos dispépticos, tais como: alterações do apetite (fome
intensa ou perda do apetite), enjôos, diarréias freqüentes,
perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.
Profilaxia e Tratamento
A profilaxia consiste na educação sanitária, em
cozinhar bem as carnes e na fiscalização da carne e seus derivados
(lingüiça, salame, chouriço,etc.)
Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc.
O chá de sementes de abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos, especialmente para crianças e gestantes.
Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc.
O chá de sementes de abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos, especialmente para crianças e gestantes.
As Tenias e a Teníase
A teníase é uma doença causada pela forma adulta das tênias, Taenia solium, do porco e Taenia saginata, do boi). Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu intestino delgado.
As tênias também são chamadas de "solitárias", porque, na maioria dos caso, o portador traz apenas um verme adulto.
São altamente competitivas pelo habitat e, sendo hermafroditas com estruturas fisiológicas para autofecundação, não necessitam de parceiros para a cópula e postura de ovos.
O
homem portador da verminose apresenta a tênia no estado adulto de seu
intestino, sendo, portanto, o hospedeiro definitivo. Os últimos anéis
ou proglótides são hermafroditas e aptos à fecundação. Geralmente, os
espermatozóides de um anel fecundam os óvulos de outro segmento, no
mesmo animal.
A quantidade de ovos
produzidos é muito grande (30 a 80 mil em cada proglote), sendo uma
garantia para a perpetuação e propagação da espécie. Os anéis grávidos
se desprendem periodicamente e caem com as fezes.
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O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se alimenta de fezes), ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio. Dentro do intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos, perfuram a mucosa intestinal. Pela circulação sangüínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex invaginado numa vesícula.
Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou
mal cozida contendo estes cisticercos, as vesículas são digeridas,
liberando o escólex que se everte e fixa-se nas paredes intestinais
através dos ganchos e ventosas.
O homem com tais características desenvolve a
teníase, isto é, está com o helminte no estado adulto, e é o seu
hospedeiro definitivo.
Os cisticercos apresentam-se semelhantes a pérolas
esbranquiçadas, com diâmetros variáveis, normalmente do tamanho de uma
ervilha. Na linguagem popular, são chamados de "pipoquinhas" ou
"canjiquinhas".
CICLO DA TENÍASE
- Ao se alimentar de carnes cruas ou mal passadas, o homem pode ingerir cisticercos (lasvas de tênia).
- No intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e origina a tênia adulta.
- Proglotes maduras, contendo testículos e ovários, reproduzem-se entre si e originam proglotes grávidas, cheias de ovos. Proglotes grávidas despremdem-se unidas em grupos de 2 a 6 e são liberados durante ou após as evacuações.
- No solo, rompem-se e liberam ovos. Cada ovo é esférico, mede cerca de 30 mm de diâmetro, possui 6 pequenos ganchos e é conhecido como oncosfera. Espalha-se pelo meio e podem ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário.
- No intestino do animal, os ovos penetram no revestimento intestinal e cae no sangue. Atingem principalmente a musculatura sublingual, diafragma, sistema nervoso e coração.
- Cada ovo se transforma em uma larva, uma tênia em miniatura, chamada cisticerco, cujo tamanho lembra o de um pequeno grão de canjica. Essa larva contém escólex e um curto pescoço, tudo envolto por uma vesícula protetora.
- Por autoinfestação, ovos passam para a corrente sangüínea e desenvolvem-se em cisticercos (larvas) em tecidos humanos, causando uma doenças - a cisticercose que pode ser fatal.
Sintomatologia
Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem
surgir transtornos dispépticos, tais como: alterações do apetite (fome
intensa ou perda do apetite), enjôos, diarréias freqüentes,
perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.
Profilaxia e Tratamento
A profilaxia consiste na educação sanitária, em
cozinhar bem as carnes e na fiscalização da carne e seus derivados
(lingüiça, salame, chouriço,etc.)
Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc.
O chá de sementes de abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos, especialmente para crianças e gestantes.
Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc.
O chá de sementes de abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos, especialmente para crianças e gestantes.
Esquitossomos e a Esquistossomose / barriga d'água
Infecção causada por verme parasita da classe Trematoda.
Ocorre em diversas partes do mundo de forma não controlada (endêmica).
Nestes locais o número de pessoas com esta parasitose se mantém mais ou
menos constante.
Os
parasitas desta classe são cinco, e variam como agente causador da
infecção conforme a região do mundo. No nosso país a esquistossomose é
causada pelo Schistossoma mansoni. O principal hospedeiro e reservatório do parasita é o homem sendo a partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na natureza.
Possui ainda um hospedeiro intermediário que são os caramujos, caracóis ou lesmas, onde os ovos passam a forma larvária (cercária). Esta última dispersa principalmente em águas não tratadas, como lagos, infecta o homem pela pele causando uma inflamação da mesma. Já no homem o parasita se desenvolve e se aloja nas veias do intestino e fígado causando obstrução das mesmas, sendo esta a causa da maioria dos sintomas da doença que pode ser crônica e levar a morte. |
As fezes de pessoas infectadas contaminam os rios e lagos com os ovos do Schistossoma mansoni.
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Os sexos do Schistossoma mansoni são separados. O macho mede de 6 a 10 mm de comprimento. É robusto e possui um sulco ventral, o canal ginecóforo,
que abriga a fêmea durante o acasalamento. A fêmea é mais comprida e
delgada que o macho. Ambos possuem ventosas de fixação, localizadas na
extremidade anterior do corpo e que facilitam a adesão dos vermes às
paredes dos vasos sanguíneos.
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Como se adquire?
Os ovos eliminados pela urina e fezes
dos homens contaminados evoluem para larvas na água, estas se alojam e
desenvolvem em caramujos. Estes últimos liberam a larva adulta, que ao
permanecer na água contaminam o homem. No sistema venoso humano os
parasitas se desenvolvem até atingir de 1 a 2 cm de comprimento, se
reproduzem e eliminam ovos. O desenvolvimento do parasita no homem leva
aproximadamente 6 semanas (período de incubação), quando atinge a forma
adulta e reprodutora já no seu habitat final, o sistema venoso. A
liberação de ovos pelo homem pode permanecer por muitos anos. (VEJA MAIS DETALHES DO CICLO)
O que se sente?
No momento da contaminação pode
ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele com coceira e vermelhidão,
desencadeada pela penetração do parasita. Esta reação ocorre
aproximadamente 24 horas após a contaminação. Após 4 a 8 semanas surge
quadro de febre, calafrios, dor-de-cabeça, dores abdominais,
inapetência, náuseas, vômitos e tosse seca.
O médico ao examinar o portador da
parasitose nesta fase pode encontrar o fígado e baço aumentados e
ínguas pelo corpo (linfonodos aumentados ou linfoadenomegalias).
Estes
sinais e sintomas normalmente desaparecerem em poucas semanas.
Dependendo da quantidade de vermes a pessoa pode se tornar portadora do
parasita sem nenhum sintoma, ou ao longo dos meses apresentar os
sintomas da forma crônica da doença: fadiga, dor abdominal em cólica
com diarréia intermitente ou disenteria.
Outros sintomas são decorrentes da obstrução das veias do baço e do fígado com consequente aumento destes órgãos e desvio do fluxo de sangue que podem causar desde desconforto ou dor no quadrante superior esquerdo do abdômen até vômitos com sangue por varizes que se formam no esôfago. |
Como se faz o diagnóstico?
Para diagnosticar esquistossomose a
informação de que o suspeito de estar infectado esteve em área onde há
muitos casos de doença (zona endêmica) é muito importante, além dos
sintomas e sinais descritos acima (quadro clínico). Exames de fezes e
urina com ovos do parasita ou mesmo de pequenas amostras de tecidos de
alguns órgãos (biópsias da mucosa do final do intestino) são
definitivas. Mais recentemente se dispõe de exames que detectam, no
sangue, a presença de anticorpos contra o parasita que são úteis
naqueles casos de infecção leve ou sem sintomas.
Como se trata?
O tratamento de escolha com antiparasitários, substâncias químicas que são tóxicas ao parasita.
Atualmente existem três grupos de substâncias que eliminam o parasita, mas a medicação de escolha é o Oxaminiquina ou Praziquantel ou, que se toma sob a forma de comprimidos na maior parte das vezes durante um dia. Isto é suficiente para eliminar o parasita, o que elimina também a disseminação dos ovos no meio ambiente. Naqueles casos de doença crônica as complicações requerem tratamento específico. |
Como se previne?
Por se tratar de doença de
acometimento mundial e endêmica em diversos locais (Penísula Arábica,
África, América do Sul e Caribe) os órgãos de saúde pública (OMS –
Organização Mundial de Saúde - e Ministério da Saúde) possuem programas
próprios para controlar a doença. Basicamente as estratégias para
controle da doença baseiam-se em:
- Identificação e tratamento de portadores.
- Saneamento básico (esgoto e tratamento das águas) além de combate do molusco hospedeiro intermediário
- Educação em saúde.
Não evacue próximo a lagoas, rios ou represas.
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Utilize um banheiro com rede de esgoto
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A saúde começa na sala de aula
CICLO DA ESQUISTOSSOMOSE
- Os vermes adultos vivem no interior das veias do interior do fígado. Durante o acasalamento, encaminham-se para as veias da parede intestinal executando, portanto, o caminho inverso ao do fluxo sanguíneo.
- Lá chegando, separam-se e a fêmea inicia a postura de ovos (mais de 1.000 por dia) em veias de pequeno calibre que ficam próximas a parede do intestino grosso. Os ovos ficam enfileirados e cada um possui um pequeno espinho lateral. Cada um deles produz enzimas que perfuram a parede intestinal e um a um vão sendo liberados na luz do intestino.
- Misturados com as fezes, alcançam o meio externo. Caindo em meio apropriado, como lagoas, açudes e represas de água parada, cada ovo se rompe e libera uma larva ciliada, o miracídio, que permanece vivo por apenas algumas horas.
- Para continuar o seu ciclo vital, cada miracídio precisa penetrar em um caramujo do gênero Biomphalaria. Dentro do caramujo, perde os cílios e passa por um ciclo de reprodução assexuada que gera, depois de 30 dias, numerosas larvas de cauda bifurcada, as cercárias.
- Cada cercária permanece viva de 1 a 3 dias. Nesse período, precisa penetrar através da pele de alguém, por meio de movimentos ativos e utilizando enzimas digestivas que abrem caminho entre as células da pele humana. No local de ingresso, é comum haver coceira. Atingindo o sangue, são encaminhadas ao seu local de vida.
Reino Plantae - Angiospermas
Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas.
A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma,
'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de
espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.
Flores e frutos: aquisições evolutivas
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos.
A flor e o fruto do maracujá
As flores podem ser vistosas tanto
pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor
agradável e produzem um líquido açucarado - o néctar
- que serve de alimento para as abelhas e outros animais. Há também
flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem
néctar.
Coloridas e perfumadas ou não, é das flores que as angiospermas produzem sementes e frutos.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:
- pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
- receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.
Órgãos de proteção
Órgãos que envolvem as peças reprodutoras
propriamente ditas, protegendo-as e ajudando a atrair animais
polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.
- cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado.
- corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.
Órgãos de reprodução
folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e
designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais
externo e as folhas férteis femininas o interno.
- androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete (corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
- gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.
Os frutos
contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza.
Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos,
que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais
costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no
ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo
vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos
territórios.
Os dois grandes grupos de angiospermas
As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
São
exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar,
milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho,
cebola, banana, bromélias e orquídeas.
São
exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja,
ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno,
cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira,
algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.
Monocotiledôneas e dicotiledôneas: algumas diferenças
Entre as angiospermas, verificam-se dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e pivotantes.
Raízes fasciculadas
- Também chamadas raízes em cabeleira, elas formam numa planta um
conjunto de raízes finas que têm origem num único ponto. Não se percebe
nesse conjunto de raízes uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as
demais: todas elas têm mais ou menos o mesmo grau de desenvolvimento.
As raízes fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas.
Raízes pivotantes
- Também chamadas raízes axiais, elas formam na planta uma raiz
principal, geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente
no solo; da raiz principal partem raízes laterais, que também se
ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas dicotiledôneas.
Em geral, nas angiospermas verificam-se dois tipos básicos de folhas: paralelinérvea e reticulada.
Folhas paralelinérveas - São comuns nas angiospermas monocotiledôneas. As nervuras se apresentam mais ou menos paralelas entre si.
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Folhas reticuladas - Costumam ocorrer nas angiospermas dicotiledôneas. As nervuras se ramificam, formando uma espécie de rede.
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Existem outras diferenças entre
monocotiledôneas e dicotiledôneas, mas vamos destacar apenas a
responsável pela denominação dos dois grupos.
O embrião da semente de angiosperma contém uma estrutura chamada cotilédone. O cotilédone é uma folha modificada, associada a nutrição das células embrionárias que poderão gerar uma nova planta.
- Sementes de monocotiledôneas. Nesse tipo de semente, como a do milho, existe um único cotilédone; daí o nome desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego mónos: 'um', 'único'). As substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região denominada endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as células embrionárias em desenvolvimento.
- Sementes de dicotiledôneas. Nesse tipo de semente, como o feijão, existem dois cotilédones - o que justifica o nome do grupo, dicotiledôneas (do grego dís: 'dois'). O endosperma geralmente não se desenvolve nas sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones, então armazenam as substâncias necessárias para o desenvolvimento do embrião.
Resumo: Monocotiledôneas vs Dicotiledôneas
MONOCOTILEDÔNEAS
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DICOTILEDÔNEAS
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raiz
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fasciculada (“cabeleira”)
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pivotante ou axial (principal)
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caule
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em geral, sem crescimento em espessura (colmo, rizoma, bulbo)
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em geral, com crescimento em espessura (tronco)
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distribuição de vasos no caule
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feixes líbero-lenhosos “espalhados”(distribuição atactostélica = irregular)
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feixes líbero-lenhosos dispostos em círculo (distribuição eustélica = regular)
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folha
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invaginante: bainha desenvolvida; uninérvia ou paralelinérvia.
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peciolada: bainha reduzida; pecíolo; nervuras reticuladas ou peninérvias.
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Flor
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trímera (3 elementos ou múltiplos)
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dímera, tetrâmera ou pentâmera
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embrião
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um cotilédone
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2 cotilédones
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exemplos
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bambu; cana-de-açúcar; grama; milho; arroz; cebola; gengibre; coco; palmeiras.
|
eucalipto; abacate; morango; maçã; pera; feijão; ervilha; mamona; jacarandá; batata
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Reino Fungi: Fungos
DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS
Muitos
tipos de fungos ao se instalarem no corpo humano podem provocar doenças. Grande
parte destes fungos buscam locais quentes e úmidos no corpo para se
desenvolverem. Estes fungos costumam se instalar na pele, couro cabeludo e
unhas.
Principais doenças causadas por fungos-
Tinea do corpo: micose superficial da pele, caracterizada por machas
arredondadas com presença de coceira.
-
Tinea da cabeça: micose superficial que se desenvolve no couro cabeludo,
formando falhas no cabelo. Contagiosa, é muito comum em crianças.
-
Tinea da virilha: micose superficial que causa bastante coceira. Atinge pernas e
virilhas.
-
Pitiríase versicolor: micose superficial que atinge principalmente áreas com
grande oleosidade. Formam manchas brancas com presença de descamação.
-
Candidíase: doença causada por fungos que pode afetar tanto a pele quanto as
membranas mucosas. Dependendo da região afetada ela poderá ser classificada
como candidíase oral, intertrigo, vaginal, onicomicose ou paroníquia.
-
Histoplasmose: infecção fúngica.
-
Onimicose (micose das unhas): infecção causada por fungos e que atinge as
unhas.
Como evitar:
Em geral, para evitar o aparecimento de doenças causadas por fungos, devemos seguir alguns procedimentos básicos:- Enxugar bem todas as partes do corpo ao sair do banho;
- Usar roupas frescas e bem limpas, principalmente na época de altas temperaturas;
- Não andar descalço em locais úmidos e de grande circulação de pessoas (vestiários, saunas, etc.);
- Não compartilhar instrumentos de manicure;
- Evitar usar meias de tecidos sintéticos. As de algodão são as mais recomendadas;
- Evitar contato físico com pessoas que estão com doenças de pele (muitas micoses são contagiosas);
- Em caso de suspeita, procurar rapidamente um dermatologista ou médico clínico geral. Identificar e tratar com rapidez doenças deste tipo é fundamental para que ela não aumente e possa se espalhar pelo corpo.
Reino Plantae - Fotossíntese
Fotossíntese é basicamente um processo
celular pelo qual a maioria dos seres autótrofos produz seu próprio
alimento (substâncias orgânicas) a partir de elementos inorgânicos. A
energia para a realização desse processo vem da luz, tendo como
principal fonte o próprio Sol. A energia luminosa solar fica armazenada
nas moléculas de glicídios, e passa a ser utilizada como reserva de
nutrientes ou fonte de alimento para outros seres vivos.
Praticamente todo gás oxigênio presente
em nossa atmosfera (20% aproximadamente) foi resultante do processo de
fotossíntese; alguns cientistas chegam a afirmar que são necessários
cerca de 2000 anos para se renovar toda essa quantidade de oxigênio
presente na Terra.
Para se realizar a fotossíntese, a
maioria dos seres autótrofos utiliza como reagente o gás carbônico e a
água, assim, produzem oxigênio e glicídios. Os glicídios produzidos são
armazenados e podem ser utilizados como fonte de energia e de
matéria-prima para a formação de novas estruturas e compostos.
A maioria dos seres autótrofos, como as
plantas por exemplo, conseguem realizar esse incrível processo graças à
presença de uma substância de cor verde conhecida como clorofila; que
tem a capacidade de absorver a energia luminosa presente na luz solar e
transformá-la em energia, que depois é convertida em glicídios.
Nas plantas, as folhas apresentam uma
enorme quantidade de clorofila, por isso são verdes. Entretanto,
existem plantas que apresentam células clorofiladas em seu caule, como
é o caso dos cactos.
A fotossíntese das plantas é dividida
em etapas, uma vez que estamos falando de um processo bastante
complexo, e durante essas etapas existem condições que interferem,
prejudicando ou potencializando o processo fotossintetizante. Vamos
conhecer alguns deles:
1. Temperatura – estudos comprovaram
que condições favoráveis à taxa de fotossíntese cresce até a
temperatura de 35º C, após essa temperatura os níveis de produção de
seus compostos diminui em razão da desnaturação das proteínas em
temperaturas elevadas.
2. Concentração de Gás Carbônico –
naturalmente existem 0,03% de CO2 na atmosfera, mas, experimentalmente,
cientistas conseguiram elevar essa quantidade e potencializar o
processo de fotossíntese. O limite máximo de CO2 chegou a 0,3%, ou seja
10 vezes a quantidade presente na atmosfera. Isso quer dizer que a
planta não faz mais fotossíntese por que a quantidade de CO2 é reduzida.
3. Luz – um dos fatores para ocorrer
fotossíntese é a presença de luz, dessa forma, à medida que a
luminosidade aumenta, a taxa de fotossíntese aumenta.
O processo de fotossíntese contribui
também com a vida dos organismos que a realizam, uma vez que se tornam
autossuficientes em relação à sua alimentação e a de outros animais,
que, na busca por alimento, consomem tais plantas.
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